O verão está quente no Planalto, mas o início da nova legislatura
com um novo Congresso empossado e a eleição do desafeto Eduardo Cunha
(PMDB-RJ) como presidente da Câmara neste domingo prometem estender as
dificuldades do calor sufocante enfrentado pela presidente Dilma
Rousseff no início do segundo mandato. As previsões são desabonadoras: o
inferno astral de janeiro de Dilma parece ter sido apenas uma
degustação do que virá por aí.
A articulação do governo, comandada pelo ministro Aloizio Mercadante, ainda tentou um acordo de última hora com o peemedebista Eduardo Cunha – que deu um passa fora. O Planalto ainda tem poder, é claro, entre a força das emendas parlamentares, cargos e o peso de uma maior bancada. Mas tudo vai sair mais caro – e arriscado. Sobretudo por se estar diante de um Congresso amuado pela falta de diálogo com a presidenta (leia-se: pouco atendido, no bom e no mau sentido) e com um presidente da Câmara irritado com a campanha violenta contra sua candidatura.
Nenhum comentário:
Postar um comentário