O quadro das
eleições presidenciais de domingo, principalmente da forma como apresentado pela
imprensa, acabou expondo e fazendo uma distinção entre os pobres do
Norte-Nordeste e os ricos do Sul-Sudeste-Centro Oeste e Distrito e, ainda, com um
detalhe a mais: pintado nas cores vermelho, que representou os eleitores de
Dilma Rousseff e azul, de Aécio Neves.Acabou, ainda, gerando polêmica nacional, que
alcançou as redes sociais, até esbarrando em ofensas delicadas e
desnecessárias.O país jamais teve dúvidas de que temos brasileiros ricos e
pobres e nenhuma dúvida de que o Sudeste é mais rico, mais desenvolvido e
pujante em relação à outras regiões nos mais diferentes segmentos. Até a
imprensa internacional, como o New York Times, fez questão de ressaltar a
diferença, chamando atenção para a divisão do Brasil, isto é: os pobres estão no
Norte e os ricos no Sul-Sudeste.Uma situação extremante delicada que Dilma
Rousseff terá que resolver e reconciliar.
UM GOVERNO DE PROBLEMASS
Não se tem nenhuma dúvida tampouco precisa ser adivinho, por mais otimistas que tentamos ser, que a presidente Dilma terá infinitos problemas pela frente, não só os do final do seu Governo mas o próximo que começa no dia 1 de janeiro e com ela um Congresso Nacional desafiante e mais oposicionista do que nunca, que já mandou recados importantes, principalmente no quesito diálogo.
E o Ministro da Fazenda?
É certo que a economia patina, o desemprego aumenta, a inflação ídem e o mercado aguarda
atento o anúncio do novo ou futuro Ministro da Fazenda pra se acalmar.Ninguém
arrisca um palpite, até porque depois de tantas críticas da Presidente em
relação a Armínio Fraga e tantas promessas assumidas na campanha, o titular da
pasta terá que ser muito bom pra resolver tantos problemas e cumprir à risca o
prometido.
CRISE,DIÁLOGO E
PLEBISCITO
Foram tantas
as promessas de Dilma Rousseff nas campanhas e debates que ela, no primeiro
discurso de domingo após o anúncio oficial de sua reeleição, avisou que faria um
plebiscito entre os brasileiros pra discutir “com o povo”, a reforma política
anunciada.O anúncio soou mal entre os congressistas, incluindo os da base aliada
do Governo que no dia seguinte descartaram o pleito. E vão descartar outros
projetos mais da Presidente, pra ela sentir na pele que não se Governa sozinha ou
na base do “eu vou”, “eu faço”, “eu sou”, “eu posso”, “meu Governo”, “Meu Bolsa
Família”, e outras coisas mais que ela andou falando nos debates.Não será um
exercício fácil, incluindo a proposta do diálogo em que ela própria, a
presidente, continua falando como se estivesse em plena campanha.No início da
semana, numa entrevista à Rádio CBN Dilma voltou a criticar o Senador Aécio Neves,
a Senadora Marina Silva e o próprio PSDB que teriam distorcido suas propostas de
campanha. Pra quem está pregando o diálogo reconciliador é começo ruim.Boa sorte
pra ela a todos nós.
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