segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

PORQUE O PREFEITO NÃO PODE FRECHAR O SOS

SOS: prédio próprio, entidade privada e único abrigo da cidade

SOS:NÃO
VAI FECHAR!
Tampouco mudar do Anhangabaú, pelo menos num curto espaço de tempo.Foi o que disse quarta-feira a Secretária de Assistência e Desenvolvimento Social, Rita Marchiori durante encontro no plenarinho da Câmara Municipal atendendo a convite da Comissão de Saúde em torno do tema “Crack é Possível Vencer”. O SOS, em verdade, não era objeto do encontro, mas como se discutia a questão da população de rua envolvida com as drogas e o abandono pelas famílias, a entidade acabou sendo lembrada até porque é a única que, na cidade, faz o acolhimento e oferece abrigo à essa população. Rita Marchiori foi coerente, direta e reta no assunto ao dizer que desconhece na legislação vigente, dispositivos que dão ao Poder Público o direito de fechar instituição privada da forma como bem entenderem.Ou porque atende gente de rua (homens e mulheres)com trabalho voluntário há 56 anos.
S.O.S E ADEQUAÇÕES
Com discurso mais realista e pé no chão, a Secretária Rita comentou que tem feito diversas reuniões com a diretoria do SOS e ouvido da Administração da instituição, que não há,por ora, interesse da mesma em fechar as portas. Muito ao contrário: deseja continuar atendendo aos fins pelos quais foi criada, ou seja, Casa de Passagem.E como a população de rua cresceu, também aumentaram os problemas.
Os quais culminaram com as reclamações dos moradores do Anhangabaú, que atribuem ao SOS o aumento da criminalidade naquela região. Ao que a diretoria da entidade vem respondendo que está promovendo reformas físicas, regularizando-as e se readequando no sentido de reduzir os atendimentos, mas sem nenhuma expectativa de que vá fechar ou mudar dalí,até porque o prédio é próprio e valioso. 

CLAREZA NA INFORMAÇÃO
Nesse passo e aproveitando as discussões em torno do Programa “Crack é Possível Vencer” que envolve o Poder Público (diversas secretarias) e a Sociedade Civil em torno da população de rua,com suas conseqüências, é fundamental que o prefeito Pedro Bigardi, Casa Civil,Gabinete de Gestão Integrada e SEMADS tenham um único e mesmo discurso para o assunto SOS, a fim de que seja tratado com coerência e responsabilidade.Ao invés do uso político, o que fica ruim para ambos os lados. Há quase dois anos, os moradores do Anhangabaú pedem o fechamento do SOS sem apresentar uma única  solução para resolver o problema da população de rua.Quando muito recomendam que a instituição deve ir para o Ivoturucaia,Vila Hortolândia, ou “num lugar bem longe”, etc.E o anúncio oficial diz que o pedido será atendido,mesmo sabendo que a instituição é particular. E a SEMADs vem e diz com segurança:o SOS não pode e não deve fechar.
NÓS DE RUA
O encontro de quarta na Câmara foi muito interessante pois levou ao Legislativo, além de Rita Marchiori, o novo Secretário de Saúde Luiz Casarim; o Inspetor Ferigato, da Guarda Municipal e Wanderlei (BA) Vitorino do Gabinete do Prefeito, que,juntos,deram recados importantes: Jundiaí tem sim os seus muitos nós de rua e para desatá-los somente com a colaboração e apoio da sociedade civil.Abandonar,ignorar, fechar o SOS não é a solução.
NÓS DE RUA I
Duas coisas foram, também, apontadas como prioritárias: a integração das ações em torno do Programa “Crack é Possível Vencer”, que prevê consultórios de rua e na rua para essa população, com a participação de seus familiares;Polícia para os criminosos e a conscientização das comunidades que alimentam moradores de rua,pra que não o façam.O que pode ser a parte mais difícil de todo o processo.O tempo assim dirá!

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