Presidente negou apoiar resolução do seu partido que faz críticas duras ao candidato derrotado Aécio Neves (PSDB).,
A
resolução petista, aprovada pela Executiva Nacional do partido na
segunda-feira (3), afirma que Aécio estimulou "forças neoliberais" com
nostalgia da ditadura militar, racismo e machismo. Para Dilma, é uma
queixa partidária. "É deles, é típico", afirmou, ressaltando que a
oposição também é acusada da mesma agressividade.
Ainda falando
sobre diálogo, Dilma foi questionada sobre o desafeto Eduardo Cunha, o
líder do PMDB que é favorito para ser presidente da Câmara no ano que
vem. Dilma parou, fechou o semblante e, com um sorriso irônico, disse:
"Nós estamos convivendo há muito tempo com ele", encerrando o assunto.
Sobre a chamada PEC da Bengala, que voltou a ser articulada entre
setores do STF e Congresso para permitir a aposentadoria de juízes aos
75 anos (e não 70, como hoje), Dilma disse ser "muito ruim". Na prática,
a PEC tiraria teoricamente de chegar ao fim de seu novo mandato com 10
dos 11 ministros do STF indicados por governos petistas.
Em
relação à renegociação do indexador das dívidas dos Estados, aprovada na
última quarta (5) pelo Senado e que irá para sua sanção, Dilma afirmou
"ser complicado" se houver retroatividade comprovada da medida. "Tudo
para trás estoura a bolsa da viúva", disse. Mas ressalvou que "ainda
estamos estudando" o impacto da medida, para aí então avaliar se haverá
vetos.
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